LETRAS
O GALINHEIRO ESTÁ DEMAIS
(Marcio Nigro e Flávio Nigro)
Meu pintinho amarelinho
Cabe aqui na minha mão
Pode ser pequenininho
Mas tem um baita vozeirão
E quando ele faz “piu-piu!”
Mais parece um trovão
Fez com a galinha do vizinho
Uma banda de rockão
E a galinha do vizinho
Toca baixo amarelinho
Ah! O Galinheiro tá demais!
As penas tão balançando
E o pintinho e a galinha
Querem um som mais pesadão
E pra tocar a bateria
Chamam o Zé Porcão
Mas falta ainda o guitarrista
Um que seja cabeludão
E veja só: entrou na banda
O temido Raposão
E a galinha do vizinho
Faz xixi amarelinho
Ah! O Galinheiro tá demais
As penas tão balançando
PARLENDAS DO ROCK
(Adaptação: Marcio Nigro)
Um, dois, feijão com arroz
Três, quatro, feijão no prato
Cinco, seis, feijão inglês
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis
Uni duni tê, salamê minguê
Bambalalão, senhor capitão
Espada na cinta, ginete na mão
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol
Enganei um bobo na casca do ovo…
Uni duni tê, salamê minguê
Uni duni tê, salamê minguê
Hoje é domingo, pede cachimbo
O cachimbo é de ouro, bate no touro
O touro é valente (olé!
Bate na gente (que venga el toro!)
A gente é fraco, cai no buraco
Buraco é fundo, acabou-se o mundo
Buraco é fundo, acabou-se o mundo
Adoleta, le peti, peti polá
Nescafé com chocolá
Adoleta!
Uni duni, uni duni, uni duni
Uni duni têêê…
DONA CHICA E O GATO
(Marcio Nigro)
Atiraram o pau no gato
Mas o gato não morreu
Dona Chica admirou-se
Com o berro que o gato deu
Dona Chica foi à polícia
Pra contar o que aconteceu
O delegado era um cachorro
E a velha nem percebeu
Ah, Dona Chica, tá mal, hein?
— Boa tarde, seus delegado.
— Pois não, minha senhora.
— É o gato, ele soltou um berro.
— Mas o gato é um meliante mesmo.
— Não, foi pior que um berro foi um berrô!
— Um berrô? Muito suspeito…
— Tem uma gang na vizinhança tacando pau em gato!
— É que esses jovens usam muito catnip.
— Você precisa fazer algumas coisa seu delegado!
O vizinho chegou e disse
A Dona Chica tá bem gagá
Não percebe que esse gato
Toca guitarra com wah-wah
Hey, Joe!
Leve Dona Chica pra conhecer
Nossa sala de massagens…
TREM DOIDÃO
(Marcio Nigro)
Rebola Pai, Mãe e filhaaaaaa…
Um trem muito doidão
Vai de Pequim até o Maranhão
O maquinista é um gigante anão
E um chiclete é o que engata o vagão
O trem é conversível
E anda num trilho invisível
Eu vou pra Pernambuco
Nesse trem maluco
Ele é roxo com teto amarelo
E você paga o bilhete
Fazendo muito polichinelo
As poltronas estão presas no teto
E o banheiro num lugar bem secreto
A estação é esquisita
É feita de pizza frita
Eu vou pra Pernambuco
Nesse trem maluco
Trenzinho quando nasce
Espalha o trilho pelo chão
Maquinista quando dorme
Vai parar lá no Japão|
NESTA RUA EM CAXEMIRA
(Adaptação: Marcio Nigro)
Se essa rua fosse minha
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas de brilhantes
Só pro meu amor passar
Nessa rua tem um bosque
que se chama solidão
Dentro dele mora um anjo
que roubou meu coração
Nessa rua em Caxemira
Sou um viajante do tempo
Estrelas enchem os meus sonhos
Penso em ti todo momento
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei teu coração
É porque te quero bem
NANA BRUXINHA
(Marcio Nigro)
Nana bruxinha
Que a Cuca vem pegar
(A Cuca vem já já)
Mamãe voa na vassoura
Papai foi enfeitiçar
(Mamãe, meu pai é o Harry Potter?)
Bicho papão
Sai debaixo da escada
(Não Vou sair não…)
Deixa a minha bruxinha
Dormir sossegada
Sai daí bicho papão!
(Não saio, não)
Vem aqui minha bruxinha lindinha!
Esta noite encarnarei
No teu ursinho de pelúcia.
Papai vai levar você nas
Noites de Terror do Playcenter.
Tutu Marambá não venhas mais cá
Que a mãe da bruxinha
Transforma-te num gambá
É meia-noite
A bruxa com a faca na mão
Tá passando manteiga no pão…
BOI DA CARA ROXA
(Marcio Nigro)
Eu sou o boi
Boi da cara roxa
Tenho medo da menina
Que mordeu a minha coxa
E eu sou casado
Com a vaca amarela
Sim, aquela mesma
que fez cocô na panela
Meu tio é o Boitatá
Minha mãe a vaca louca
Ela mugiu tanto
E ficou muito rouca
Boi, boi, boi, Boi, boi, boi
Boi da cara roxa
Tá com dor na coxa…
O NÚMERO DO MACACO
(Marcio Nigro)
Mariana conta 1, conta 2, conta 3, conta 4, conta 5
Mariana conta 666 cala boca e não chateia
O macaco foi à feira
Não tinha o que comprar
E comprou uma cadeira
Pra cotia se sentar
A cotia se sentou
A cadeira esborrachou
E coitada da cotia
Foi parar no corredor
O macaco se enfezou
E ligou pro fabricante
“A garantia diz que a cadeira
aguenta um elefante!”
Corre cotia na casa da tia
Corre cipó na casa da avó
Lencinho na mão caiu no chão
Macaco bonito do meu coração
Corre cotia na casa da tia
Corre cipó na casa da vó
Corre cotia, corre cotia
(Corre cotia na casa da tia)
Corre cipó, corre cipó
(Corre cipó na casa da vó)
Corre cotia, corre cotia
(Corre cotia na casa da tia)
Corre cipó, corre cipó
(Corre cipó que tem geléia de mocotó…)
Corre cotia, corre cotia
na casa da tia, na casa da tia
Corre cipó, corre cipó
Na casa da vó, na casa da vó
MARCHA DO PRÍNCIPE ALECRIM
(Marcio Nigro)
Alecrim, alecrim soldado
Que nasceu no campo
Sem ter guerreado (2x)
Foi o Rei Alaor
Que me treinou assim
Pra batalhar no campo
Ser o Príncipe Alecrim
Marcha soldado
Cabeça de martelo
Quem não marchar direito
Vai preso no castelo
O castelo pegou fogo
O rei já deu sinal
Acode, acode, acode
A coroa imperial
Os soldados de Jó
Lutavam caxangá
Tira põe, deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig zig zag
E o Príncipe Alecrim
Cavalgando um pinguim
Os soldados de Jó
Lutavam caxangá
Tira põe, deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig zig zag
E o Rei Alaor
Está fugindo de pavor…
MENTIRAS DA BARATA
(Marcio Nigro)
A barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
A barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, ela tem o pé peludo
A barata diz que tem uma banda de metal
É mentira da barata, ela curte é carnaval
Ela tá na careca do vovô
Ao me ver bateu asas e voou
A barata diz que tem um contrabaixo amarelinho
É mentira da barata, é da galinha do vizinho
A barata diz que foi assistir o Megadeth
É mentira da barata, ela baixou da internet
Ela tá na careca do vovô
Ao me ver bateu asas e voou
A mentirosa tá na careca do vovô..
MAS QUE CHULÉ
(Marcio Nigro)
Sapo Cururu
Na beira do rio
Quando o sapo grita
Diz que está com frio
A mulher do sapo
É quem está lá dentro
Fazendo rendinha
Pro seu casamento
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer
Mas que chulé!
Sapo cururu
Está bem fedido
Não entra na água
Diz que dói o ouvido
E a mulher do sapo
Não marca bobeira
E comprou pra ele
Desodorante e remédio pra frieira
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
Ele mora lá na lagoa
Não lava o pé porque não quer
Mas que chulé!
I LOVE BORBOLETINHA
(Marcio Nigro)
Borboletinha acorda mal humorada
No casulo tava apertada
Antenas entortadas
As asas amassadas
A madrinha disse então:
Vamos tocar um rock aê!
E você vai se animar
Vamos tocar um rock aê!
Borboletinha tá na cozinha
Fazendo rock com a madrinha
Batucando no fogão
Tirando um som bem pesadão
Borboletinha fica bem ligada
E deixa a cozinha toda zoneada
Sobe na geladeira
Sua guitarra é a frigideira
Dá um pulo e diz então
Vamo fazer omelete aê!
A barriga tá roncando
Vamo fazer omelete aê!
Borboletinha tá na cozinha
Fazendo rock com a madrinha
Batucando no fogão
Tirando um som bem pesadão
Borboletinha tá na cozinha
Fazendo rock com a madrinha
Elas tão rolando no chão
Tirando um som bem pesadão
Borboletinha tá na cozinha
Fazendo rock com a madrinha
Enquanto isso na frigideira
Ovo queimando que fumaceira…
BRILHA ESTRELINHA PUNK
(Marcio Nigro)
Eu sou punk, punk, punk
De marré, marré, marré
Eu sou punk, punk, punk
De marré de si
Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar
Brilha, brilha, brilha
brilha, brilha estrelinha
Essa estrela é da pesada
Tem moicano, roupa rasgada
Faz cara feia, é muito punk
Quebra todo disco de funk
Brilha, brilha, brilha
Brilha, brilha estrelinha
(birdy num-num)
E agora vamos pedir pra estrela brilhar!
Brilha e brilha e brilha estrelinha
brilha e brilha, quero ver você brilhar (3x)
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar
Agora vamos pedir pra estrela brilhar!
Brilha, brilha, brilha. Brilha estrelinha
Brilha, brilha, brilha quero ver você brilhar (3x)
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar
Brilha, brilha, brilha
Brilha estrelinha
Brilha!
Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar!
O PORCO BRIGOU COM A PORCA
(Marcio Nigro)
O porco brigou com a porca
Debaixo de uma sacada
O porco saiu sentido
E a porca indignada
O porco ficou doente
E a porca foi visitar
O porco teve um desmaio
E a porca pôs-se a chorar
A porca fez serenata
O porco foi escutar
As galinhas fizeram festa
Porque eles vão se casar
Baconzito que bate-bate
Baconzito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
O porco foi no Tororó
Beber água não achou
Achou sua porquinha
E na lama ele rolou
O casamento foi um sucesso
Todo mundo lá no chiqueiro
Foram felizes para sempre
Brigando o ano inteiro
Baconzito que bate-bate
Baconzito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu
POMBINHA PRETA
(Marcio Nigro)
Pombinha preta que está fazendo?
Botando piercing pro casamento
Vestido de alça mostrando o ombro
Rasgando a calça, estou um assombro
Vou me maquiar, despentear
Vou na janela namorar
Passou um homem, de olho pintado
Bem tatuado, meu namorado
Mandei entrar, mandei sentar=
Cuspiu no chão, seu porcalhão!
Eca que nojo!
Pombinha preta que está temendo?
Não sei se quero esse casamento
O cara é doido e estressado
Qual o nome do disgramado?
É Ozzy, é Ozzy, é Ozzy Osbourne
É Ozzy, é Ozzy, é Ozzy Osbourne
E ele entrou, na minha casa
E mordeu a minha asa
Tá com uma cara de quem quer mais
Pra onde eu vou ele vai atrás
Ele é maluco,
Ele é maluco,
Ele é maluco…
Feliz Metal Pra Todos
(O Natal Existe)
(Marcio Nigro)
Quero ver você não chorar
Não olhar pra trás
nem se arrepender do que faz
Quero ver o amor vencer
Mas se a dor nascer
Você resistir e sorrir
Se você pode ser assim
Tão enorme assim eu vou crer
Que o natal existe, que ninguém é triste
Que no mundo ha sempre amor
Bom natal, um feliz natal
Muito amor e paz pra você
Pra você
JOÃO BIJU
(Marcio Nigro e Flávio Nigro)
No meio do agreste lá na Paraíba
Debaixo do sol que queima lá em riba
Vejo um casebre feito de bambu
é lá que véve o cabra macho João Biju
Ele não tem zóios nem duas patas
Mas toca sanfona como acrobata
Vai, vai! Vai João, vai
Vai, vai! Vai João — Gonabiju
João sanfona de lá pra cá
Embora nem tenha as pernas pra andar
Faz dueto com um bode velho alagoano
Que canta em falsete tudo do Caetano
João ainda cria um peixe na gaiola
Que sonha ser galinha de Angola
1, 2, 3, 4 cabras no forró
5, 6, 7, 8 vacas no forró
9, 10, 11, 12 pacas no forró
É muito bicho
Aqui… no Forró da Hora
O forró começa 10 em ponto
Cabritas entram com desconto
Um forró bem louco, com guitarra
O bar só vende suco de alcaparra
A bicharada quer mermo entrar na marra
Quando toca as doze badaladas
A vaca faz poses iradas
O relógio bate três da matina
O jegue raspa a sua crina
E o quati empurra a anta na piscina
E o sol nascendo, 6 da manhã
No salão saltita uma rã
O calango ronca na poltrona
O som da banda ainda detona
E João Biju faz solo de sanfona…
CABRITO ALI, CABRITO LÁ
(Adaptação: Marcio Nigro e Heinar Maracy)
A vida na fazenda é muito dura
Só trabalhar (Só trabalhar)
De vez em quando rola uma folguinha
pra relaxar (pra relaxar)
Eu pego um livro e uma cadeirinha
vou descansar (papo pro ar)
Mas vem o berro de um cabrito chato
me atrapalhar (me atrapalhar)
bée béé, baa baa — não dá pra aguentar
bée béé, baa baa — eu vou é me mudar
Cabrito ali, Cabrito lá, Cabrito ali, Cabrito lá
Com essa zoeira não tem como descansar
A vida na fazenda era tranquila
Só paz e amor (Só paz e amor)
Um dia chegaram dois cabritinhos
ninguém ligou (ninguém ligou)
Mas logo eles viraram trinta e cinco
Multiplicou (Multiplicou)
E agora todo lugar só tem cabritos
São infinitos (São infinitos)
bée béé, baa baa — não dá pra aguentar
bée béé, baa baa — também eu vou berrar
Cabrito ali, Cabrito lá, Cabrito ali, Cabrito lááaaaaa
Com esse berreiro o jeito é se conformar
A CASA (DO SOL NASCENTE)
(Adaptação: Marcio Nigro)
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
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